DA FRANCE PRESSE, EM NOVA YORK
FOLHA.COM
A figura do "manifestante" foi escolhida como a "personalidade do ano" pela revista americana "Time", em um reconhecimento às pessoas de todo o mundo, em particular do Oriente Médio e norte da África, que saíram às ruas para lutar por seus direitos.
"Da Primavera Árabe a Atenas, do 'Ocupem Wall Street' a Moscou", afirma a revista na capa, que mostra um jovem com a metade inferior do rosto coberta por um lenço.
O editor da revista, Richard Stengel, que anunciou a escolha no programa "Today show" do canal NBC, explicou que a decisão homenageia "os homens e as mulheres de todo o mundo, em particular do Oriente Médio, que derrubaram governos e levaram um sentido de democracia e dignidade às pessoas que antes não os tinham".
"Estas são as pessoas que já estão mudando a história e que mudarão a história no futuro", completou Stengel.
"Há um contágio de protestos. Porque o Irã antecipou o que aconteceria no mundo árabe e o que aconteceu no mundo árabe influenciou o 'Ocupem Wall Street', o 'Ocupem Oakland' e os protestos na Grécia e em Madri", disse.
COMENTÁRIO DO BLOG
Ainda não se sabe como terminará a primavera de protestos mundiais. A substituição de regimes ditatoriais não necessariamente será por regimes democráticos. A tendência de movimentos religiosos extremistas assumirem esses governos paira como um fantasma que remete ao que aconteceu no Iran.
A Comunidade Européia mais uma vez se manterá pelas mãos do Tio SAM, como foi na II Guerra Mundial. Sai bem arranhada, mas continua. Grande parte da crise econômica que vemos hoje é reflexo dos movimentos anteriores que estabeleceram o alto grau de paternidade pública com relação ao Estado do Bem-Estar Social. Diminuir a jornada de trabalho, diminuir o tempo para aposentadoria, criar benefícios sem o anteparo financeiro, ajudaram e muito a crise que hoje se instala.
Que nós aprendamos a lição.
Aos profetistas de plantão, nada do que acontece hoje tem relação com profecias bíblicas. Não adianta insistir.